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domingo, 5 de agosto de 2018

as calçadas de paraty

Não estou aqui para quebrar lanças pela Festa Literária de Paraty, até porque, conhecendo alguns dos que vão, observo que muitos ou buscam o lugar da moda ou querem falar o mais alto possível; pouco lêem e às vezes acho que o nome deveria ser trocado. Festival Organizado de Debatedores, quem sabe? não, esse talvez não dê certo.
Mas se não freqüento a FLIP gosto muito da cidade e reconheço que não é amigável aos cadeirantes. Nenhum sítio histórico é. Nenhum foi pensado para cadeirante e não menos porque não existiam cadeiras para eles; então não posso concordar com o jornalista que levou um tetraplégico à cidade, conhecendo-a: parece que com intenção de criar caso e de reclamar que a prefeitura não ajeita as calçadas (o que seria proibido no quadro do tombamento).
Mas sim, a festa perde uma oportunidade de deixar de ser barreira e tornar-se porta aberta: bastaria para a duração do evento instalar calçadas e rampas reutilizáveis nos principais acessos.
Macchu Picchu, Huayna Picchu e as torres de Notre-Dame não comportariam esta solução. Paraty comporta. Para a duração do evento anual.
Vivam as cidades tombadas, e viva a qualidade de vida dos cadeirantes, que possam deixar de sê-lo como alguns já vêm deixando.

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