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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

tudo depende da intenção

Mais uma vez o interessante Colégio PII motiva uma discussão, uma polêmica. Depois dos "alunx" e das saias para homem, os garotos que reproduziram banca de venda de drogas na favela, onde vivem dois dos três implicados. A menina brandia um fuzil de plástico comprado na Saara.
E foi tomada a decisão, a primeira vista sábia, de não puni-los desta vez. Serão transferidos casa haja outra façanha desse ou de outro tipo. A polêmica girou em volta da punição ou não-punição. pode ser que na assembléia de pais se tenham levantado outras questões; nesse caso para a imprensa não vazaram.
A questão da intenção antes de mais nada. Os adolescentes retratavam a realidade que viam e por isso não foram punidos; mas houve ou não apologia? Tudo depende do tom, do matiz dado á realização do trabalho.
A questão da hipocrisia. Do conjunto de professores e indignados pais de alunos, será que nenhum mesmo costuma adquirir maconha ou pó? Ah, como gostaríamos de acreditar nisso. Porque aquele que adquire sim, adquire é dali mesmo, de uma banca igualzinha à que foi montada no pátio do PII, possivelmente da idêntica favela em que moram os adolescentes.
Pode-se até achar que a direção atual do famoso colégio põe enfoque excessivo na questão do gênero e deixa de lado outras que parecem mais importantes; mas diálogo com os alunos como mantém o PII (eu insisto no plural oficial por favor, não me venham com alunx), com os alunos e alunas se preferem assim, é coisa muito louvável.
E viva o Rio de Janeiro, sem fuzis.

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