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sábado, 26 de agosto de 2017

gira no Municipal

No momento em que a Amazônia corre tanto risco, interno e externo, tanto da projetada barragem dos países andinos como da criminosa negligência do atual presidente brasileiro, não há absolutamente nada de bom no horizonte a não ser esta bonita homenagem à Umbanda, melhor dizendo a Exu, feita pelo querido Grupo Corpo no Theatro Municipal.
Digo Umbanda porque é o que dizem, anunciam e saiu publicado. Li que a maioria dos integrantes são do candomblé e o balé lembra mais candomblé, já que a Umbanda tem pouca dança, muito pouca mesmo. Mas ao ler que a homenagem é a Exu, presumivelmente através das giras de Compadres, a movimentação faz mais sentido. Exu dança, na gira: um pouco mas dança. E mais: Exu é movimento. É O movimento, poderia-se dizer. É possível ao espectador em certas horas até dizer, Ih, ela é aquela Pomba-Gira, e tal.
Noutra hora a gira, por sinal o nome do balé, muda... parece que os seis ou sete bailarinos no palco naquele instante todos receberam os Pretos Velhos ao mesmo tempo. Todas estas impressões duram segundos apenas ou não seria balé. A roda gira...
"Gira" não é, evidentemente uma gira, giras têm cheiros e vibrações e cantos; mas que bonita lembrança esta. Valorizar a tradição e quem cuida da folha; quando governos federais, municipais, estaduais e além-fronteira tudo fazem para desvalorizá-la.
Laroiê Exu, e saravá Umbanda sempre! que possa fazer por merecer.

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