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sábado, 26 de agosto de 2017

gira no Municipal

No momento em que a Amazônia corre tanto risco, interno e externo, tanto da projetada barragem dos países andinos como da criminosa negligência do atual presidente brasileiro, não há absolutamente nada de bom no horizonte a não ser esta bonita homenagem à Umbanda, melhor dizendo a Exu, feita pelo querido Grupo Corpo no Theatro Municipal.
Digo Umbanda porque é o que dizem, anunciam e saiu publicado. Li que a maioria dos integrantes são do candomblé e o balé lembra mais candomblé, já que a Umbanda tem pouca dança, muito pouca mesmo. Mas ao ler que a homenagem é a Exu, presumivelmente através das giras de Compadres, a movimentação faz mais sentido. Exu dança, na gira: um pouco mas dança. E mais: Exu é movimento. É O movimento, poderia-se dizer. É possível ao espectador em certas horas até dizer, Ih, ela é aquela Pomba-Gira, e tal.
Noutra hora a gira, por sinal o nome do balé, muda... parece que os seis ou sete bailarinos no palco naquele instante todos receberam os Pretos Velhos ao mesmo tempo. Todas estas impressões duram segundos apenas ou não seria balé. A roda gira...
"Gira" não é, evidentemente uma gira, giras têm cheiros e vibrações e cantos; mas que bonita lembrança esta. Valorizar a tradição e quem cuida da folha; quando governos federais, municipais, estaduais e além-fronteira tudo fazem para desvalorizá-la.
Laroiê Exu, e saravá Umbanda sempre! que possa fazer por merecer.

domingo, 20 de agosto de 2017

nem um a menos...

Parece que aprovaram a lei que aumenta pena para quem é preso portando fuzil; muito bem, mas como foi possível que até agora o porte não recebesse a pena mais pesada existente?
Diversos países considerados civilizados transferem o menor assassino que atinge a maioridade. não para as ruas e sim para presídio "normal".  Claro que a ninguém aqui interessa isso: nem pros menores e os que insistem em dizer que são anjinhos, nem pros governos que mal fiscalizam e pior cuidam destes presídios. Nos quais ainda existem presos com a pena vencida que já deveriam ter sido soltos. Mas enfim, o garoto que matou o médico a facadas no Aterro há coisa de dois anos voltou à rua outro dia...
Não se agüenta mais PM morto em serviço (nem civil nem criança nem pessoa alguma); não são peças descartáveis, reponíveis, são pessoas com mãe, mulher, com filho. E não se pode tolerar que em certos lugares tenham de pedir permissão ao tráfico para entrar e fiscalizar. Isso é de todo surrealista.
Falando do quê, os tais tanques, que fiasco. Sem comentários.
E querem fazer uma capelania para a Guarda municipal que corta um dobrado e teria assim local para chorar as mágoas. Tudo bem se for ecumênica. Sem pesquisas de religião por favor. O "Globo" publicou há dias texto de vereador e Guarda Municipal licenciado que analisa o assunto e nos lembra a todos o que os governos do Rio vêm teimando em esquecer, O ESTADO É LAICO!

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

macumbeiros?

Caro coronel Amendola, o termo "macumbeiro" só deve ser usado por macumbeiros, exatamente como o uso do termo "viado" deveria se restringir ao bater no ombro de um amigo, viado ou não; porque senão vira ofensa. Vá lá que não imprimiu o termo, e não faltava mais: porém empregou para o repórter, que publicou.
E mesmo com maior continência verbal, que não houve, que coisa ridícula, além de feia e perigosa, a pesquisa da religião na Guarda Civil! o Ministério Público não gostou nada.
Dirão, quiçá, Não sabem o que querem, na época do Censo reclamaram que NÃO se perguntava a religião de todos, apenas de alguns, agora reclamam que se pergunta. Bem, a esses diremos, Se vocês não enxergam a diferença entre todo brasileiro e os membros da Guarda carioca, primeiro pensem e depois falem.

Em Paquetá reclamam que não liberaram a verba para comemorar a data do padroeiro da ilha, São Roque, cuja festa vem agora, dia 16. Li que noutros tempos faziam (quem sabe alguém ainda faça) o banquete dos cachorros em homenagem ao santo, já que São Roque como São Lázaro, sincretizados com Omolu, foram ajudados por cães.
A Prefeitura disse aos ilhéus, segundo a única informação publicada até agora que achei no Globo, que não tinha verba para homenagem consistindo principalmente em apresentações de pagode. Será que liberavam verba para banquetear cachorros ou vestir o santo com roupa nova?
Também não gosto de pagode, a deturpação do samba que começou roubando-lhe um dos nomes; por que não põem choro, penso logo, há bons chorões vivendo em Paquetá. Contudo não vivendo na ilha me parece melhor deixar esta parte da polêmica para os moradores resolverem. Pode ser até que Obaluaiê prefira homenagem mais contida, é de seu feitio. Inaceitável seria é que podassem a homenagem por preconceitos de religião. O sr Prefeito é prefeito do Rio inteiro. Morro, asfalto, ilhas e às vésperas do dia 16, não esqueçamos, também da beira do mar.
Ah To To.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

velho -novo

Intolerância: duas vezes em uma semana atacaram a Casa do Mago no Humaitá. Não vem ao caso que a pessoa freqüente ou não, goste do lugar ou não. nunca entrei nem desejei entrar. Claramente é intolerância religiosa. "Hodie mihi, cras tibi" diziam os romanos, e é isso. Pode começar pelo outro, mas se você nada disser depois chega a você.

Intolerância ainda: camelôs acusam sírio refugiado de roubar o seu trabalho e  matar mulher e criança. Ora se o sírio é refugiado é que FUGIU dos assassinos do enfraquecido "Califado". Cabe a todos nós e à Polícia federal estar vigilantes para que não haja infiltrados; mas agredir refugiado que vende comida que não se vendia antes dele chegar (não rouba trabalho de ninguém portanto) francamente... O da esquina estudava Direito e quer estudar aqui Literatura brasileira. Tenho lhe dado alguns livros.

Estupidez ou safadeza: embora só se possa elogiar o célere replantio após reclamação, em todo o Vale das Laranjeiras até o Largo do Machado (UMA SEMANA após abrir protocolo apenas!) vemos que as estruturas montadas pela ex-prefeitura para a melhor destruição da cobertura verde do Rio ainda estão aqui. A Limpeza Urbana ainda deve estar incumbida dos cortes, e é preciso que Parques e Jardins volte a cuidar do que deve. A Limpeza Urbana tem, isso sim, que cuidar da reciclagem do lixo, o que ela própria confessa que faz de forma insuficiente.
A árvore cortada na esquina de Pereira da Silva era SAUDÁVEL, temos fotografias. O legado do sr Paes ao Rio foi árvore cortada, muita árvore cortada, por todos os bairros e até o dia 31 de dezembro de 201. Se o legado do novo prefeito for o oposto, o que não terá feito pelo seu bom nome! e pela cidade então!