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quinta-feira, 20 de julho de 2017

miaus no documentário

Os turcos foram em toda a região mediterrânea  e adjacências sinônimo de facínoras, assassinos e estupradores. Ocuparam diversos países e outros que não ocuparam, como a Itália, sofreram muito com as incursões piratas. Raptavam meninas e adolescentes para os haréns e pior ainda para as famílias que acaso sobrevivessem, raptavam meninos e rapazinhos para fins similares.
Difícil associar essas arraigadas lembranças com a realidade de Istambul hoje, tal qual transparecia num documentário de anos atrás destacando a musicalidade do povo, e agora outro mostrando a vida dos bem-cuidados gatos de rua, na linda Istambul antiga, que tem áreas ameaçadas pela especulação.
Até quem não é chegado aos gatos deveria assistir, aproveitando para conhecer uma cidade humana. O que foi feito da agressividade passada não se sabe. Verdade e que estamos vendo só Istambul, não a Turquia inteira que é vasta. Mas não se tem notícia, creio, de "ratos solitários" turcos explodindo ninguém na Europa nem de soldados turcos do enfraquecido califado.
Na cidade velha, se faz música, se conversa, se pesca e se cuida, muito, dos gatos. Homens e mulheres, estas de véu ou sem.
Um ditado deles diz, "Cães e gatos nos aproximam de Deus. Os cães acham que o dono é Deus; os gatos sabem que não é."
Chamarão a atenção as ausências. De automóveis, na cidade velha. De garotos de boné virado para trás. De mendigos. Acima de tudo, de celulares e gente caminhando e digitando besteira.
Gente, nada de Miamis da vida. Vamos mandar um brasileiro em dez para estagiar em Istambul e trazer sementes de civilidade?

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