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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

o que será ?

O que será da mãe do garoto de 16 anos que conseguiu refugiar-se aqui fugindo da guerra, com ferimento de bala no ombro? Candidamente ele declara que preferia a Espanha, mas não deu. Claro que preferia, era muito mais perto da Somália, de onde chegou. A mãe já perdeu um, assassinado pelos extremistas porque não queria juntar-se às forças do E.I. e cria mais meia dúzia com o que lhe rende a venda de khat, alucinógeno vegetal suave tolerado em quase todo o continente mas que os extremistas querem proibir, como proíbem música, canto, dança e praticamente tudo que existe.
Que seja bem-vindo.
Preso na Nigéria ano retrasado numa derrota do E.I. por lá, um jovem chefe de brigada do Mali com cara de brasileiro se diz arrependido e aceita a pena do Tribunal Internacional que deverá alcançar nove anos no mínimo. O delito foi incentivar e ajudar o pelotão a destruir diversos mausoléus e até uma mesquita tombada em Timbuktu. Os mausoléus talvez fossem pré-muçulmanos, ou seja delituosamente pagãos; o que os terroristas tinham contra a mesquita não se disse.
Num continente pobre, um país pobre cuja única riqueza eram as até então bem conservadas ruínas da real cidade de Timbuktu; se o arrependimento for sincero, que possa um dia ajudar na reconstrução.
Enquanto isso, invisível no Brasil que só queria saber de Jogos, um extremista nascido na França decapitou em sua casa, que invadiu, uma jovem policial na frente de seu filho de três anos. A única coisa boa é que se matou ali mesmo.
O que será do filho dessa mãe? Que solução haverá para  ele?



segunda-feira, 15 de agosto de 2016

que a terra se molhe

A mãe e o filho juntos no mesmo dia..
16 de agosto festa de Obaluaiê. Terça-feira, dia de Nanã. Duas vibrações Terra muito fortes. Nanã a terra molhada. Omolu já que gosta de sol a pino, não. Mas sabe que é necessário que a terra se molhe com água do céu.
E nos mitos essa mãe e esse filho não são amigos.
Mas encontraram-se nesse dia de agosto, e mitos são mitos. E choveu forte na véspera.
Que possa ser pelo entendimento nas famílias, entre pais e filhos e mais ainda, indicam os santos, mães e filhos. Que a chuva não nos abandone e molhe a terra, nutrindo.
E que o entendimento se possa estender à família extensa: amizade entre irmãos, inclusive irmãos geográficos como sérvios e croatas e kosovares, como árabes e israelenses, e por aí vai. Pois estes exemplos precisos andam demonstrando nos Jogos Olímpicos, que desportos serão muito bons para quem os deseja praticar porém por si só não fomentam paz alguma nem aplainam diferenças.
Se assim fosse não exacerbavam estas últimas instalando jacuzzis para algumas delegações (sogam meu olhar) nem ofereciam churrascos VIP para outras ainda. Será que alguém acredita mesmo que aquele desfile de bandeirinhas representa paz e igualdade?
Que a mãe-terra ensine humildade e respeito.
Ah toto.
Saluba!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Há coisas que só poderiam acontecer aqui. Ou essa é a impressão que fica. A entrada de armas ilegais periga ficar mais fácil, e não mais difícil, com a morte de determinado traficante, porque quem pegou o gajo foi um grupo rival e como "prêmio" autorizou um terceiro grupo a agilizar o percurso Paraguai -Rio sem etapas. O pistoleiro está preso e esperam que possa ajudar a polícia.
Outra anomalia, e essa creio que por algum triste motivo seja mesmo estréia mundial, são as tentativas de estupro de camareiras por parte de atletas de fora. Foram duas, como se uma não fosse já muito; e serão decerto as únicas, quando mais não seja porque os faltosos foram presos em flagrante e expulsos da competição.
E isso que os países desses infelizes não são nenhum Emirado ou afim. O Marrocos é sim muçulmano mas de longe não é o lugar onde mais se reprimem mulheres; e que dizer da Namíbia. Basta ver a linda foto da delegação no desfile (com o candidato a estuprador carregando a tocha). Mas são sim países onde a mulher é em muitos casos subordinada ao homem. Mas por que razão esses anormais foram escolher o Rio? Justamente porque são uns anormais e não estavam na Olimpíada anterior. Bom motivo; será suficiente?
Será que o turismo sexual, os cartões postais agora proibidos que só mostravam bundas, as esculturas de areia de mau gosto, agora também repaginadas por força maior, influíram? Será - e não culpo a vítima, não foram elas quem vendiam os cartões nem esculpiam mulher nua pra ganhar dinheiro (de quem? dos turistas!)- será que vendemos por demais e inclusive lá fora, a imagem do corpo em detrimento da mente?
Quando vemos o culto da maromba e das academias onde só se malha a parte externa podemos talvez associar uma coisa à outra.
E não me digam que o esporte enobrece tudo; aí estão esses dois cretinos em prova do contrário. Que sobrevivamos!
E viva o barulhinho de muitos dedos batendo na palma da mão e imitando chuva: essa é a criatividade que queremos. Que possa chamar a tão necessária água do céu!