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quinta-feira, 5 de maio de 2016

" com a lei debaixo do braço"

Indignava-se o feirante e a expressão é dele.
Para o Dia das Mães vão deixar sair a famosa matricida; só seis dias que é o que a lei permite.
Mas a lei não faz o menor sentido. Ao elaborá-la os valorosos bacharéis e juízes não pensaram por um segundo, ou tiveram preguiça de pensar, que certas pessoas são matricidas, parricidas e outras matam os próprios filhos. Se esse fosse o caso da criatura, sairia também por seis dias?
Fazer o possível para amenizar, dentro e fora das grades, a vida dos filhos das presas que nasceram na penitenciária, já se tem tentado e ficam curtas as providências. Não faltará quem diga, -aplicar os recursos para os filhos de quem nunca cometeu delito era o correto- mas criança é criança e estas têm logo ao nascer uma carga mais pesada do que a maioria.
Premiar uma pessoa que inclusive já tentou receber a herança da sua vítima é absurdo; naquele caso a lei era clara e ela nada recebeu. Falta clareza agora em nome das vitimas, e se matricidas são raras, vítimas fatais de maus-tratos familiares nem sempre por parte do padrasto são infelizmente por demais comuns entre nós.
Está aí uma lei que em nome das mães e dos filhos pede emenda pois como a fizeram escarnece de todos nós.
Lei é assim, vemos todos os dias a vergonha dos que não cessam de querer dobrá-la e interpretá-la, em seu proveito, nos mais altos escalões.
E sem boas notícias nessa Terra Brasilis, bom Dia das Mães mesmo assim; sopros de paz nas famílias.

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