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sábado, 20 de fevereiro de 2016

natalidades e infâncias

Em tempos de malformações fetais tão sérias, importa muito que o Papa tenha deixado de proibir, digamo-lo assim, a contracepção que todos praticam mesmo por aqui; mas há países do continente onde as suas palavras terão impacto (e onde o vírus já chegou ou está para chegar). Aliás vírgula, nos morros cariocas há mulheres hoje em dia com 17 filhos, um caso verídico. Se nos anos 80 pecava-se pelo excesso oposto, induzindo as meninas a ligar as trompas no primeiro filho ou antes dele, agora o estado não sobe a encosta de tanto pavor: perdeu o controle de todo. E para aquelas moças que cogitariam de ter qualquer número de crianças ou tê-las muito cedo, o mosquito é fator que convence mais do que o Papa Francisco.
Mas que sopro bom de atualização mesmo assim! Verdade que não foi ele e sim o anterior quem resolveu pôr fim à triste ameaça do limbo para não batizados; mas foi ele quem comparou casal com mais de 3-4 filhos a coelhos, implicitamente sugerindo contracepção muitos meses antes do zika nos invadir.
Não é papel da Igreja defender ou mesmo aceitar o aborto; sejam os governos a permiti-lo em caso de malformação séria. Afinal permite-se, no Brasil, para acefalia. Eugenia seria obrigar a grávida exposta ao vírus a abortar. Oferecer a ela a opção de não carregar nove meses um feto que não viverá, ou terá uma infra-vida, é abrir os olhos para a realidade, pois gestantes de mais recursos recorrerão a clínicas particulares ao saber que portam fetos inviáveis.
E falando de criança, mobilizam-se europeus para ajudar às que chegam desacompanhadas por lá. Basta de engordar o plantel das organizações de pedófilos. Outra boa notícia, gotinha d´água que pode vir a trazer belas flores, foram os 40 participantes mirins da Mangueira do Amanhã, crianças refugiadas vivendo em SP e que aplicaram o português, aprendido lá, na Passarela do Samba, aqui. Algumas eram de família muçulmana. Os pais não se opuseram, e entre discussões e divergências escolheu-se  a fantasia de Pluft para elas.
Criança é futuro, e futuro sem intolerância é o único que vale a pena...

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