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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

brotos de oliveira nos escombros

Falta muito, muito, muito para a Síria voltar a ser um pais habitável (lembro de Damasco como cidade varrida, mais limpa e mais bonita, na arquitetura e no bom trato, do que as capitais vizinhas) mas o atual momento é de progresso; negociações sobre paz ainda por vir, presença da Human Rights Watch e de membros da Anistia Internacional.
A esse respeito encantou-me ver a representante da Anistia entrevistando moradores, entre eles diversas mulheres; não apenas pela presença da importante organização mas pelos cachinhos ruivos da mulher, trajada com naturalidade à ocidental. E na foto os olhos dos homens se dirigiam ao caderno onde anotava e não ao penteado "pecaminoso" da moça.
Poderá ser inclusive o marco zero para a volta dos refugiados que tão mal se vêm assimilando e a inversão do fluxo.
Enquanto a paz não vem, e vai demorar, o caos dentro do caos: cerca de mil crianças a quem foi permitido entrar desacompanhadas na Alemanha desapareceram. Tivemos, aqui, notícia do rapto de algumas poucas por evidentes pedófilos, filmados por câmara de baixa precisão; e aquelas tinham familiar para avisar a polícia. O pavor é que muitas dessas mil estejam em poder deste ou de outros iguais. Se você é um monstro desses, não se torna solidário subitamente, frente à desgraça alheia. Acha que ganhou um brinde do universo. Se organiza.
E pelo que se sabe das organizações que formam, se morrer criança no Mediterrâneo ou sob as bombas é péssimo, ainda é destino infinitamente pior viver criança na mão de pedófilo, até porque acabam... deixa pra lá, vocês captaram.
Isto não afasta a ameaça do Estado Islâmico e afins; que recentemente declararam querer retomar a Andaluzia a que declaram ter direito. Não estou aqui para defender os Reis Mui Católicos que a tanta gente mataram nas fogueiras, muçulmanos e mais ainda judeus; mas se o raciocínio for esse, terão de seguir todos os que se reconhecem por árabes de volta para a península de onde um dia os seus antepassados saíram.
Muito contentes ficariam os bérberes do norte da África, por exemplo.
Quem sabe antes disso ganhem de presente os degoladores do EI o nosso mosquitinho da zika... não o original africano e sim a mutação tupiniquim...




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