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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

o que a estátua lia

Há uns anos tentaram implementar a prática de celebrar no duplamente trágico 11 de setembro a inteligência em vez da estupidez, deixando na rua algum livro. (Tenho um primo que faz isso rotineiramente quando acaba de ler).
Não vingou. Uns não sabem muito bem a respeito do golpe chileno, outros talvez o aprovassem, poucos têm livros sobrando e bom, no segundo ano já se via que não ia adiante. A Biblioteca Nacional porém volta e meia organiza trocas e doações de livros e uma acontecerá por estes dias.
Por este ou outro motivo, Manuel Bandeira ganhara ontem um segundo volume em sua mesa de trabalho.
 A estátua de Bandeira é uma das melhores que o Rio tem (precisamos de mais humor nas estátuas, vejam os países europeus, inclusive Rússia. Vamos parar de homenagear todo mundo que um dia viveu ou não haverá mais calçada). O poeta está de frente para a igreja de Santa Luzia, defronte à Academia, mas se voltou para conversar com o transeunte; na mesa de bronze temos livro de bronze, cafezinho de bronze, e bronze de bronze.
Vi tremular alguma coisa no vento do Castelo, e não é que ele lia um ensaio sobre literatura inglesa?
Bandeira e a cidade merecem. Obrigada ao anônimo que deixou, e ao outro anônimo que já deve ter levado embora para casa.
Menos burrice no mundo!

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