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terça-feira, 10 de março de 2015

vecchio nuovo

Em Madagascar, ilha interessante pelas tradições, idioma. mistura étnica e avifauna, foram detectados casos da peste há coisa de um mês. Essa já foi endêmica até poucas décadas no extremo norte do nosso país e acredito esteja realmente controlada agora. Madagascar vive um caso agudo de desmatamento e pobreza e o combate será talvez árduo. Periga tornar-se um inferno sobre a terra.

Os europeus que conviveram com a Peste negra na verdade enfrentaram duas moléstias distintas, a peste transmitida pelo rato, bubônica, e a pulmonar, ainda mais letal e sem bubões. Curiosamente, a profilaxia adotada pelos médicos, empapar as roupas de vinagre e usar cones de papelão cheios de aromatas no nariz, como máscaras, acertavam em cheio numa e na outra. Mas a população que vivia em más condições de higiene não tinha como imitá-los em tudo e mesmo entre médicos muitos pagaram com a vida.

Até o século xvi existiu unicamente na ilha onde estão Inglaterra, Escócia e Gales um mal estranho que se extinguiu sozinho sem que se saiba o porquê; estudiosos consideram que se tratou de um hantavírus, o "suor inglês" que matava em horas, sem dor. A propensão a contraí-lo parece ter sido hereditária. Estirpes inteiras se iam em algumas décadas, v.g. a esposa, filhas e bem depois, filho do poderoso advogado Thomas Cromwell, que apesar da exposição morreu de outra causa mortis temível, a ira do rei Henrique VIII Tudor. Os netos de Cromwell porém já viviam numa ilha livre do suor, e de Henrique. Cuja filha e sucessora fez por merecer a alcunha de Bloody Mary...

Hoje volta a peste noutra ilha e o EI se expande como a peste a bordo das pulgas. digamos como os antepassados, da negra peste, livre-nos Senhor.

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