Muito boa idéia de
abrir portas de mesquitas londrinas para demonstrar que muçulmano
não é necessariamente elefante. Mas por que motivo os clérigos que
tomaram a iniciativa, e os demais moderados, não procuram criticar,
controlar, e convencer os seus muitos colegas fanáticos? Poucos dias
após os atentados em Paris o Globo publicou uma lista com fotos e
declarações de clérigos extremistas, no Sudão, no Egito e em
Jerusalém (esse avisando os judeus sobre o seu próximo e definitivo
massacre). Seria infantil acreditar que esses cinco são os únicos
clérigos fanáticos soltando o verbo e fazendo cabeças. Até porque
os irmãos Chaouki não estiveram com nenhum destes.
Costumo citar o
livro de Saira Shah, realizadora do documentário "Por Trás do
Véu", a qual por sua vez costuma citar Baghawi de Herat; por
exemplo,"A tinta do sábio é mais sagrada do que o sangue do
mártir"; "As mulheres são metades gêmeas dos homens";
"Vós me pedis para amaldiçoar os descrentes, porém não fui
enviado para amaldiçoar". Há mais,deste sábio e de
outros como ele; e certamente não serão todas de Saira as menções
a clérigos muçulmanos pela paz.
Falando de paz, no
bairro carioca do Cachambi, certamente imaginando que faltam pelo
mundo exemplos de intolerância religiosa, fanáticos evangélicos
atacaram um templo tradicional entre umbandistas, um exemplo para
todos nós, o "A Caminho da Paz". Sem dúvida enxergaram
também neste mundo um excesso de paz.
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