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sábado, 6 de julho de 2013

cavalheirismos

Só entro em farmácia para adquirir xampus e afins. Mas minha filha no caminho de casa precisararia comprar uma seringa, para o seu gato que estava doente dos rins (eu digo que alimentar os gatos só com ração não é natural nem pode ser saudável. Mas ninguém me ouve e vejo os gatos alheios ficarem diabéticos, desenvolverem cãncer e sei lá o que mais).
Comentei, - E o pior é que hoje é domingo.
- E daí, mãe? É farmácia. Não fecham.
-Fecham, claro. Fica uma de rodízio aberta por bairro. Saindo daqui você presta atenção à qual é.
Após muita discussão chegamos à conclusão que ambas havíamos estado mal informadas.
Fiquei extremamente chocada.
Minha filha me citou tal e tal filial de tal ou tal farmácia que escolhe abrir de segunda a segunda.
- São concorrentes, mãe! para que vão ajudar um ao outro?
Eu lhe citei outras, que colam um papelzinho na porta dizendo qual é a de plantão.
Trata-se de um acordo humano, um acordo de cavalheiros, respeitando o descanso semanal e, como viu a Moema, pondo em contato CONCORRENTES. Que, educadamente, civilizadamente, telefonavam (ou seguiam alguma escala que haviam previamente definido; do modus operandi nada sei) quem abriria tal ou tal domingo.  O papelucho avisava, avisa, o nome da concorrente de plantão.
Pois ainda fazem assim. Só que há, às vezes  do lado, outras, quase a metade do absurdo total de farmácias cariocas, que ignoram civilidade e cavalheirismo, são fominhas, ávidos de lucrar mais uns cobres, e ficam todos os dias.
Por mim podem fechar as portas de toda a metade que fica aberta domingo e pôr uma livraria no lugar. Que feche semanalmente, claro.



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