Há poucos dias tive
a alegria de proferir uma palestra no IPHAN (Instituto de Preservação
Histórica e Ambiental Nacional, salvo engano na sigla) sobre
lavadeiras, tema de vasta pesqusia minha há vários anos e que
motivou também a publicação d eum artigo na Revista do IGHB. O
livro permanece inédito.
Além dos demais
aspectos culturais, existe o viés das folhas usadas. Não apenas
fitoterapicamente, para tratar eventuais unheiros (não eram raros,
infelizmente) mas para entrar no lugar do sabão.
Que era de baixa
qualidade, feito de cinzas e sebo, gorduroso, e fabricado
artesanalmente há pouquíssimos anos senão ainda hoje em
localidades rurrais fluminenses e sem dúvida de outros estados.
Tendia e tende a lavar pouco e se bobeasse, ainda manchava. Então
se usavam errvas que suprrissem a mesma carência. As mais divulgadas
eram o melão-de-são-caetano (ou "erva das lavadeiras"); a
folha de mamoeiro, principalmente nas fervuras; e o sabonete
(sabonete de macaco, saboneteira) também empregado na higienre
pesoal.
O lindo passarinho
preto e branco, também chamado por esse motivo viuvinha, levou o
nome de lavadeira porque gosta de espelhos d´água (não é condição
"sinne qua non", observei; pois por aqui voejam muitos!)
Perto d´água ou fora dela, dedica-se a devorar mosquitos e afins. É
um tiranídeo como o bem-te-vi (saõ tiranos para os insetos) e
puseram-lhe o nome oficial de "Arundinicola leucocephala",
um desses horrores lingüísticos que misturam latim e grego,
indicando que tem cabeça branca e rabo de andorinha (brasileira). Há
uma lenda sobre a viuvinha- lavadeira, que teria lavado os cueiros do
Menino Jesus para Santa Maria descansar....
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