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domingo, 28 de outubro de 2012

erva da lavadeira





Há poucos dias tive a alegria de proferir uma palestra no IPHAN (Instituto de Preservação Histórica e Ambiental Nacional, salvo engano na sigla) sobre lavadeiras, tema de vasta pesqusia minha há vários anos e que motivou também a publicação d eum artigo na Revista do IGHB. O livro permanece inédito.

Além dos demais aspectos culturais, existe o viés das folhas usadas. Não apenas fitoterapicamente, para tratar eventuais unheiros (não eram raros, infelizmente) mas para entrar no lugar do sabão.

Que era de baixa qualidade, feito de cinzas e sebo, gorduroso, e fabricado artesanalmente há pouquíssimos anos senão ainda hoje em localidades rurrais fluminenses e sem dúvida de outros estados. Tendia e tende a lavar pouco e se bobeasse, ainda manchava. Então se usavam errvas que suprrissem a mesma carência. As mais divulgadas eram o melão-de-são-caetano (ou "erva das lavadeiras"); a folha de mamoeiro, principalmente nas fervuras; e o sabonete (sabonete de macaco, saboneteira) também empregado na higienre pesoal.

O lindo passarinho preto e branco, também chamado por esse motivo viuvinha, levou o nome de lavadeira porque gosta de espelhos d´água (não é condição "sinne qua non", observei; pois por aqui voejam muitos!) Perto d´água ou fora dela, dedica-se a devorar mosquitos e afins. É um tiranídeo como o bem-te-vi (saõ tiranos para os insetos) e puseram-lhe o nome oficial de "Arundinicola leucocephala", um desses horrores lingüísticos que misturam latim e grego, indicando que tem cabeça branca e rabo de andorinha (brasileira). Há uma lenda sobre a viuvinha- lavadeira, que teria lavado os cueiros do Menino Jesus para Santa Maria descansar....

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