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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

doce, Beijada!

Setembro, o final de setembro, na Umbanda traz duas (em algumas linhas três) grandes festas, a das Crianças e a segunda festa de Xangô. Há orixá que tem dois DIAS da semana, e este orixá tem duas FESTAS. Normalmente os terreiros celebram uma festa só, seja em junho no São João, seja em setembro no São Jerônimo, mas é lembrado nas duas datas.
São Jerônimo é a quem devemos a Vulgata! ou seja, a Bíblia em latim, de belíssimo texto, e que serviu nas igrejas durante creio quinze séculos e ainda é citada e lida. Possuo uma, presente de um amigo padre já falecido, o que não possuo para apreciá-la plenamente são grandes conhecimentos de latim...
Nunca achei o que justificasse o sincretismo com Xangô (afinal, pedreira não é deserto, onde se recolheu o santo algum tempo) a não ser... o suposto gênio do santo, dado como "orgulhoso e irascível" além de ser dono de intensa sensualidade- o que para um sacerdote da Igreja Católica era grande empecilho. E essas características são exatamente as que atribuímos aos filhos do orixá.
Já as Crianças... como ano passado falanos muito de Cosme e Damião, vamos hoje de Crispim e Crispiniano. Na Umbanda são celebrados todos juntos e até achei uma inagem dos primeiros dada como sendo dos segundos; os católicos festejam um mês depois dos santos médicos, em 25 de outubro. Crispim e Crispiniano foram sincretizados por conta de serem gêmeos também, ou em todo caso irmãos unidos; nas religiões africanas, ou pelo menos nas que nos influenciaram, o gêmeo é algo tão importante que se um morre o outro pode e deve (certas regiôes) tê-lo simbolicamente consigo em forma de bastão, como o Rio pôde ver na exposição de arte do Benin, sacra e moderna.
Mas estes irmãos eram, ou melhor se tornaram, sapateiros, e se representam portando sapatos ou ferramenta de sapateiro... O porquê desse "como" é interessante e rico, com paralelos no folclore europeu, e deixarei para o ano que vem se Deus for servido e os Compadres permitirem... Encomendei santinhos de Cosme e Damião para as Crianças por uma graça dupla realizada ontem, e peço outra, que os pés de entes queridos pisem lépidos e fortes na ida e na volta, a bordo de seus sapatinhos... e já se sabe com que santinhos a irei pagar!

domingo, 18 de setembro de 2011

do Novo Testamento ao do-in

Ainda falando de magnetismo, e ainda sem ver resultados mas notando que a dor nos calcanhares passou, e que a parte acima das sobrancelhas por vezes se faz sentir, gostaria de lembrar aos que, trabalhando com massagem, se sentem cansados com freqüência, que massagens realizadas sem cuidados podem drenar a energia do massagista. Bem, toda terapia pode levar a isso, mas terapias em que a energia e/ou magnetismo passa diretamente do terapeuta para o paciente, muito mais.
Acredito que as técnicas em que os pontos ou meridianos específicos da acupuntura são acionados (do-in, shiatsu) apresentem menor risco exatamente por mexerem nos locais receptivos que são estes mini-chacras ao longo dos meridianos. Ainda assim massoterapeutas de medicina oriental sem dúvida poderão contar histórias notáveis. Porém se o massagista, considerando o corpo físico do paciente como uma coisa inteiriça e fechada, precisa ativar a circulação de quem trata para melhorar-lhe a saúde, circulação sangüínea ou linfática, tanto faz, aumentam os riscos; todos conhecemos gente com excelente "mão de massagem" que precisou parar, porque a cada sessão as dores próprias anulavam a vantagem financeira de estar trabalhando. E acrescente-se que muitos destes profissionais, exercendo a função em salões de beleza e afins, nem sequer são vistos como terapeutas e recebem remunerações risíveis. Para todos os casos, saber isolar o próprio campo magnético é determinante, podendo ajudar no problema ou impedir que aconteça.
Penso também que certos lugares podem ser inadequados para essa passagem de energia, por exemplo, um salão onde a massagista é explorada por clientes e donos por igual. Descompensará rapidamente. Energia é coisa séria. Lembro que uma pessoa insistiu em demonstrar seus conhecimentos de johrei para mim: numa praça, o que me preocupava. A pessoa afirmava que todo local servia. Nada entendo de johrei mas certamente não é um engodo; senti duas cobras de luz entrelaçadas projetando-se do meu corpo, uma yin, a outra yang, deduzi. Essa visão foi o único efeito imediato; o outro foi um febrão noturno, que atribuo ao local mal escolhido. Energia é coisa muito séria.
Dedicando esta crônica à massagista de salão de beleza que foi minha paciente, lembro um trecho muito conhecido do Novo Testamento. O Cristo diz, - Tocaram-me! Senti uma força sair de mim.- E de fato a mulher que padecia de hemorragias há anos acaba de se afastar, curada. E a nós que não somos o Cristo, resta cuidar bem, e de todas as formas, da energia que está em nós.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

reichenbach e a lua

Num sebo de rua achei um livrinho dos anos 80 sobre magnetismo, em francês, e como sabia pouco do tema o levei pra casa. Vi logo que seria difícil o estudo por não ter a quem perguntar. Mas vi logo que precisava sim estudar, ao descobrir folheando daqui para cá, que temos partículas de magnetita em determinadas regiões de nosso corpo. Uma delas, o calcanhar, vinha doendo muito e unicamente na hora de deitar, sem que eu soubesse o que fazer para aliviar. Algumas noites passava horas acordada, com muito sono e as fisgadas ardiam bem na hora que ia adormecendo...
Outro lugar onde temos o mineral é a dobra do cotovelo (onde sentia por vezes coceiras inexplicáveis) e acima da sobrancelha (onde senti uma única vez APÓS ter começado a trabalhar segundo as orientações do livro, uma barrinha horizontal. Por fim, quem tem o magnetismo sente eventuais formigamentos ou dores na ponta dos dedos. Desde que comecei, ainda não sei dizer como irão os resultados mas a dor passou e ao magnetizar às vezes fisga, nos dedos da mão, sinal que a dor noturna do pé era magnetismo não trabalhado. O que foi um imenso alívio, pela dor que passou e por essa aprendizagem que veio bater à porta.

Claro que o que carregamos no corpo são micropartículas, não os cristaizinhos escuros achados nas lojas do ramo, pouco atraentes de modo geral para o grande público. Digamos que carecem desse tipo de magnetismo... em compensação sabemos que ajudam a despoluir ambiente e chamar chuva: sinal de que beleza não põe mesa.
Aos pouquinhos vou trabalhando; por ora compartilho com vocês a anedota sobre magnetismo da Lua que achei no livrinho. Uma de suas fontes mais conhecidas, Reichenbach, pesquisava exatamente isto, a influência da Lua nas marés e tal, e também na incidência dos crimes. Perguntou numa delegacia novaiorquina se poderia ficar ali de sobreaviso para acompanhar a equipe que viesse a sair e lhe foi dito que voltasse tal dia porque seria Lua cheia, e tudo indicava que haveria um crime violento na cidade, provavelmente no bairro tal. Que voltasse nesse dia. Reichenbach voltou, e o crime aconteceu.
Sem desejar que criminosos nos dêem razão, podemos nós tsmbém ir trabalhando essa forma de energia que está em nós...