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segunda-feira, 2 de maio de 2011

sabor de vingança

Não vi motivo de alegria na morte de Bin Laden, e me chocam as cenas de comemoração nas ruas norteamericanas. O quase xará do terrorista, o O-B-ama, diz que “justiça enfim se fez”.
Natural que um político deseje capitalizar esse êxito militar. Natural também, nas circunstâncias, que o exército gringo fosse em cima até conseguir, quando ninguém mais acreditava. Dizer porém que justiça se fez é demagogia, e pena que tanta gente acreditou. Tão culpados quanto o Bin Laden foram os supostos mártires do ataque e os que deram apoio aos ataques, tão injustos quanto ele os muitos que por desorientação se alegraram com as mortes do 11 de setembro, mundo muçulmano afora.
Não é sequer que com esta morte o terrorismo islâmico chegue automaticamente ao fim. Bin Laden não era Hitler, não representa a cabeça de um Reich. Tomara que não surjam outros “mártires”... Dirão, “não foi na sua terra” e isso é verdade. Compreende-se um sentimento de satisfação, somos todos humanos e imperfeitos; a euforia, a festa é que pegaram mal. Mesmo na guerra, alegrar-se com a morte do outro não é coisa de justos.
Absolutamente não têm a ver com terapia holística essas considerações; mas há horas em que é necessário tomar posição. A raiva em excesso, para não dizer que não falei de saúde, faz mal não apenas à pressão, ao coração, mas também aos olhos, o que os caminhos dos meridianos de acupuntura explicam. “Raiva cega” é uma expressão que não nasceu à toa. Que descansem em paz os mortos do 11 de setembro 2011 em Nova Iorque, os do 11 de setembro 1973 em Santiago do Chile, e todos os mortos da intolerância.

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