Reclamar adianta, mentalizar também: de tanto eu reclamar acabaram destocando o tronco seco na esquina e plantando ali algo que ainda não identifiquei mas não é oiti, nada contra mas já há muitos... De tanto eu incomodar pedindo licença para plantar Thevetia peruviana acabaram plantando duas, quase no Largo do Machado. Parabéns ao Rio que ganhou dois pés de árvore tão bonita. (Sim, querer licença para plantar coisa que seja é pedir demais principalmente a governantes que querem mas é cortar para “compensar” plantando noutro local... Separei algumas sementes pro meu herói, sr João Severino, que arborizou toda a Estellita Lins. E antes disso tinha levado outras pra encosta aqui perto, breve irei ver como estão.)
Thevetia não serve para remédio e suas flores até onde sei não inspiraram floral. Vendo as flores de jurubeba branca (Solanum asperolanatum) senti a compulsão de elaborar uma essência que sempre uso (e depois descobri que no Nordeste outros preparam também) já as lindíssimas flores em tons de fogo da árvore amazonense ainda não me falaram n´alma. Talvez por ficarem distantes daqui todos os pés existentes, em termos de transporte para essência floral. Vingando algum aqui pertinho, quem sabe? O “meu” se mantém pequeno e falastrão, sem flores nem frutos.
Outro nome dela (às vezes há mais de um nome científico, e demora até um ser o “oficial”) é Crysophyllum lucumifolia. Bem, lúcuma é uma árvore frutífera amazonense, que nunca vi mas agora imagino como sejam as folhas, estreitas e lisinhas; e no Caribe existem outros tipos de Crysophyllum/Thevetia; o nosso, pelo menos, de frutos eminentemente impróprios para o consumo.
Mas fortes! Servem de proteção e talismã para muitas linhas diferentes. Pelo nome popular usado se tem uma ideia de onde vem a pessoa: do Rio à Bahia, chapéu-de-napoleão; São Paulo para baixo usa o nume tupi aguaí; ignoro os nomes que a Amazônia usa, afinal veio de lá; e o Nordeste usa o nome masculino Jonas.
Eu hein?! Pensei das primeiras vezes, um nome tão sem graça para planta tão feminina, se a moda pega vão batizar de Zé, Waldomiro... Me ocorreu depois que o caroço do fruto, pardo e deitado dentro do fruto barrigudo de forma vagamente pisciforme, pode sim lembrar o Jonas engolido pela baleia. Um sistema de referências menos políticas e mais bíblicas do que “chapéu de napoleão”. Meses atrás fique triste ao visitar os de Botafogo, um dos três estava doentinho. Outro dia se recuperara e já havia mais três novinhos e floridos, uma colônia de aguaí. Agora é o da Cobal que está tristinho, que em 2011 se recupere e dissemine muitos rebentos maravilhosos de se ver!
sábado, 15 de janeiro de 2011
Jonas usando chapéu
Posted by Caminho das Folhas at 08:16
Labels: casa mágica, florais, folhas
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