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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

luto programado

Foi assim que alguém definiu o ter animais domésticos em casa, e sem dúvida há um aspecto de verdade na definição. Como a maioria das definições contundentes, é simplificadora ao excesso.
Sem dúvida, você só não vai sofrer com a partida de um animal querido se você, justamente, não lhe quisesse bem. Mas isso afinal faz parte da vida.
Existindo oportunidade na sua vida de adotar um ou mais animais e cuidar bem deles, adote. Morrerão, um dia, não há outra opção. Mas você pode fazer que a vida deles seja boa enquanto dure e aprender inúmeras coisas, inclusive sobre você, junto a eles.
O argumento das criancinhas com fome é muito usado por quem também nunca faz nada pelas criancinhas com fome. Pessoalmente não vejo em quê o ser humano mereça automaticamente mais consideração do que os bichos; me parece haver um tanto de arrogância nessa postura.
Ajude as criancinhas e os adultos também, à vontade, e não esqueça de cuidar de você também; mas não seja esse o motivo que lhe impeça de adotar um ou vários amigos.
Nem o saber que vai perdê-los um dia. A morte faz parte de tudo, inclusive a sua: programe-se pra ter quem cuide dos seus amigos peludos e a sua passagem se der antes da deles. E cães e gatos são amigos, mas são cães e gatos, não são gente peluda: metade das coisas vendidas em loja para bichos (como o "presente de Natal": uma cesta embrulhada em celofane com alguns badulaques, tudo a preço de ouro) são besteiras monumentais e dispensáveis.
Por fim, perdendo um animal mas tendo outros em casa, não esqueça de dar florais contra a saudade excessiva para os que ficaram; tomá-lo tambem; e repor a perda rapidamente se o sobrevivente ficou sozinho. A vida segue!

domingo, 16 de novembro de 2008

jongando a vida- saravá Umbanda sempre

Essa postagem tem dois objetivos. Um, recomendar um lindo evento (bom, foi lindo ano passado), o II Jongá na Caixa Cultural da Rio Branco. Não gente, não é o Jongo da Serrinha mais uma vez (e nada contra eles). Quem puder, vá ver. É de graça ainda por cima... Muito enriquecedor, mesmo. E cheiroso... perfumado de folhas. Ewe´!
O outro, enfim corrigir publicamente uma afronta feita à Umbanda e na mesma tacada explicar por que, além de motivo de agenda, não irei este ano.
No domingo de Páscoa de 99, ao fim de gira festiva especial para saudar a volta dos Pretos Velhos ocorreu um fato muito sério cujo autor segue endeusado por aí nas Lapas e rodas da vida; tendo-o avistado com a habitual corte ao redor no primeiro evento, não irei ao segundo, já que tenho por princípio levantar-me de mesa onde ele sente, e ele sabe por quê.
Muitos já sabem também. Nessa ocasião, desrespeitando à Casa de Umbanda que o acolhia, à data sagrada para tantos, aos Pretos e Orixás que regressavam, à amizade que segundo ele tinha por um então casal, aos atabaques que é indigno de tocar e que naquele instante tamborilava, e aos seus cabelos brancos, este senhor entregou a uma filha-de-branco, que era eu, um livro pra abrir em casa contendo uma carta em que se declarava de forma que não tivera hombridade para fazer em circunstância menos escabrosa.
Esta figura, que estava na platéia sendo adulado, até onde sei não organiza o Jongá. Não é motivo pra alguém deixar de ir- menos eu. E se organizasse, também não significaria que os seus erros fossem passar para a sua arte. Mas para mim, ela é oca e soa falso. Como um atabaque rachado.
Não perdôo a ofensa contra mim, até porque nunca me foi pedido perdão. As ofensas contra o terreiro, os santos e os tambores não sou eu que tenho de perdoar, nem contra a Umbanda, que neste momento cumpre cem anos oficiais. A confluência destas duas datas é um bom momento para enfim publicar um desagravo que se não venho a fazer neste grande momento, calando-me, faria de mim uma cúmplice. Salve os cem anos, Saravá, Umbanda. Salve as folhas que estavam no terreiro e que viram a cena. Ewé assá, as folhas dão jeito.

sábado, 8 de novembro de 2008

mostarda, alho, amamentação e acupuntura

A maioria das mulheres brasileiras amamenta hoje, apesar da campanha violenta de décadas passadas para implantar leite em pó. Todavia, na cabeça de algumas as dúvidas permanecem, principalmente quando existe influência de quem se programou para não conseguir.
Nessa hora a insegurança pode se manifestar na mãe em forma de mastite, aquela inflamação dos seios. Ao contrário de algumas lendas, pus NÃO passa pro leite e o melhor remédio é mesmo dar de mamar à vontade.. da criança.
Acupuntura é um grande remédio também, e permite tratar junto o lado psicológico da mãe. Recentemente precisei tratar uma jovem mãe com recidiva de mastite em ambos seios, só que ela estava noutra cidade...
Aplicadas nos pontos de acupuntura que vinham ao caso, as sementes de mostarda, coladas em esparadrapo de arroz artesanalmente pelo pai do neném que vem a ser meu filho, ou vice-versa, curaram a mastite em horas via internet... Taí uma aplicação útil da tecnologia... usamos skype, chat e o que mais deu numa ligação horrível (ou imagem, ruim, ou som, ruim...) mas que acabou dando resultado. Mesmo tendo durado quase duas horas. Foi a consulta mais cansativa que já realizei e a que mais me realizou... a mastite não voltou, a neném está enorme.
Há pontos reflexos dos seios até no rosto. Em compensação, o ponto do mamilo não se usa nem para aplicar semente, só se trabalha a energia ali.
Comer mostarda em pasta porém, como qualquer alimento muito picante, pode não ser ideal quando se amamenta, já que o neném tende a rejeitar leite com sabores fortes. Alho particularmente pode produzir cólicas. Melhor deixar o pãozinho de alho pra quando a criança estiver desmamada já... e disso não se tenha pressa..