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domingo, 19 de fevereiro de 2023

pra não dizer que não falei dos livros

Ou pelo menos das livrarias, sobre as quais circula um texto de quem gosta delas.

Na primeira das minhas encomendo o que me parece interessante no jornal, na segunda o que a primeira não tem, na terceira só entro quando vou ao cinema NAQUELA galeria da Praia, e é a única onde realmente olho o que tem exposto. Perigosa visita. E claro, ainda tem a quarta ou primeira, o abençoado sebo brilhando de limpo, no final da descida em caracol do famoso prédio da Rio Branco.

Consegui no auge da pandemia entrar em mais uma, para achar o disco póstumo do Aldir. Na porta dois garotos de uns catorze anos, que costumavam pedir, mais alto na Voluntários, uma caixinha de doce "para vender no ônibus" pediam .. que eu comprasse um doce da caixinha - Não tenho um tostão. Dinheiro plástico. - Compra um livro?

Claro, com o maior prazer! Procurei e achei um que atendia aos meus requisitos. Ficção de autor nacional, nem muito grosso, nem, confesso, muito caro, e ainda por cima dividido em Quatro Histórias, creio até que era o título.  Um parente meu declara que terão revendido. Da outra vez que passei sem entrar estavam, com os doces, disseram que gostaram do livro.  Na terceira não estavam, vendendo doce ou estudando, suponho. (Assaltando, diria o parente.)

Outra história é menos sorridente. Na primeira das mencionadas lojas chega uma senhora de óculos e sobrolho carregado indagando se tem o livro do Pastor Fulano. Cara de nojo quando ouve que não. - Havia algo naquela prateleira ali- diz a livreira. A mulher voltou felizmente com um fininho, Filosofia da Religião ou algo assim... até aí ótimo.. e ficou alisando o livro infantil que eu comprava. Com intenção, distração não era; nem que não houvesse risco de contágio! Rezei para a coisa ser rápida, e pedi que a livreira higienizasse com álcool antes de embrulhar. Se eu tivesse dito o que queria, ela perigava voltar com coleguinhas das duas únicas igrejas evangélicas do bairro, que justamente ficam perto dali, as duas. E a livreira o mais das vezes trabalha sozinha ali.

Vocês estão achando que é passeio comprar livro no Rio de hoje?

E não, o presenteado não indica que sofreu influência.  Haja álcool.



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