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sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

sem ver amanhecer

 Triste nessa partida de Thiago de Mello, que se encantou lá na terra de encantados que é a Amazônia, e de Elza Soares, que virou cometa a mil, é não terem visto o amanhecer.

Elza dizia, o país está resfriado, vai ficar bom.

O poeta nos deu noutros tempos sombrios o Faz escuro mas eu canto porque a manhã vai chegar.

Quem esteve no Comício da Candelária pelas Diretas não poderia imaginar tamanho resfriado. Doses cavalares de gengibre e água de coco serão necessárias para limpar causas e sequelas. O país apodreceu e a gangrena tem de ser raspada, sanada. A manhã quando vier virá enfumaçada.

Tiveram vidas plenas e ricas e a adversidade os impulsionou. O destino ficou devendo neste quesito final, como a Aldir, Moraes e outros. 

Que nos ajudem do outro lado a forjar a manhã.




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