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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

a ponte que o partiu

 Queria escrever sobre  solidariedade entre pessoas  (e animis), inspirada pela descoberta em Pompeia que era varão, e de outro sangue, a pessoa que morreu abraçando um menino e de mão dada com ele. Filho não era; enteado, escravo, menino de recado ou de rua passando por ali na hora azíaga. E o homem optou por proteger essa criança  Até outro dia se imaginava que fossem mãe e filho.

Mas o noticiário não permite. e  de agente de segurança atira uma pessoa de uma ponte, afirma ter  tentado também acertar um tiro, e grita para ninguém ajudar? Um agente mal preparado e sem câmara. Se fossem bem preparados a câmara não faria falta. O caso é que não são. Nem no Rio nem muito menos  em São Paulo, onde outros agentes invadiram uma casa em Barueri ontem 4 de dezembro, e bateram em todos menos no bebê. Motivo, a discussão que começou porque resolveram ver se a moto "talvez estivesse com a documentação vencida". A família fez corpo de delito e abriu Boletim de Ocorrência; a PM naturalmente diz que averigua e não compactua. 
O ilustre governador defendeu o secretário Derrota, alentado pelo senador que achou "pena não ter atirado de um penhasco". Esse foi Ministro da Pesca, rios e pontes lhe falam n´alma. Seu nome em árabe significa Espada, daí talvez considere missão cortar cabeças e vidas.

Porém há horas o governador, diante da repercussão, tirou a gravata, vestiu se de branco feito um anjinho e diante da imprensa reconheceu-se errado. Tinha, nos diz, visão equivocada. É agora a favor das câmeras nas fardas. Será que esse espírito natalino dura até amanhã?









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