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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

coturnos

 Primeiro iam punir o militar que em sua página criticava as eleições, as urnas e a candidata, com termos chulos. Iam substitui-lo por outro mais palatável.  Apagaram ou mandaram apagar o seu perfil. Mas a clivagem existente por lá levou à declaração oficial que NÃO iam substituir (de pirraça? senhores... ) . Pois a Defesa, na pessoa de seu caricato representante, considerou "inamistosa" a maneira de denunciar o absurdo. Comentar amistosamente que o ilustre chamou duas mulheres de "vaca"?

Se fosse só não enviar outro fiscal de coturno, o que pe em si uma aberração, não faria a menor falta. Mas a Defesa a cada dia mais delirante agora quer inserir nove fardados, três de cada Arma, exclusivamente para  ajudar na parte técnica pois o Tribunal usa o sistema Java e outro mais que os colegas não dominam. Então bastaria UM, nove é alucinação. Se sabe que em tese o Exército é um dos organismos que pode fiscalizar as urnas, mas até agora não se lembrara de o fazer e o ministro civil que se lembrou de os chamar não tinha a mais remota noção do" pensamento militar". Em sua versão doentia, pois há mentes brilhantes como o ex-porta-voz que hoje , em face de um "pleito dos mais divisivos", se preocupa em artigo do Globo pela solidez da nossa democracia.

A Folha de São Paulo comenta que a redação do plano de governo do inquilino  do Alvorada foi redigida por ministros e auxiliares fardados, o que levou a coisa a ter jeito de "metodologia militar". Supõe-se que a redação seja clara e objetivo;  já a do advogado, civil, do capitão, que também deseja concorrer, é embrionária. Montou uma página para "expor as suas ideias" e explicou ao repórter que ideia ainda não tinha nenhuma. Pois é.

Já o vice, que deseja concorrer em seu Estado natal, autodeclarou-se  "branco" desta vez, quando em 18 era "indígena". O jornalista teceu considerações, ser indígena era um interessante contraponto ao racismo do mandatário, ao passo que no Sul indígenas são mal vistos. No dia seguinte à matéria da Folha, o vice-presidente tonou a se declarar indígena, comentando ter havido um erro técnico no preenchimento. Ponto para ele então, e pro jornalista. Mas que estamos nos tornando república de bananas, estamos. 



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