Bem-vindo ao Blog do Caminho das Folhas.

sábado, 20 de julho de 2019

se eu for só por mim, quem serei eu?

Muitos temos cada um a nossa religião, e não poucos pertencem a partidos políticos, praticando ou não uma religião. O que já demonstra que não se deve superpor uma coisa à outra.
Mas se você põe a sua religião ou o seu partido à frente das demais considerações, está agindo pequeno e a sua ação fica curta.
A sua ênfase e a sua indignação devem abranger primeiro o Estado de Direito e o Meio-Ambiente, porque sem esses respectivos fatores nem existe democracia nem haverá vida. Se está firme o Estado de Direito, nem haverá nepotismo, nem haverá prefeitos vinculando a imagem de sua igreja à da Prefeitura, nem haverá censura como está perigando haver. Como já há, porque em vez de peitar, ou de cancelar o evento, em vez de dar a a opção aos palestrantes ameaçados de participar ou não, os organizadores da Feira do Livro naquela triste cidade do Sul preferiram desconvidá-los.
A luta contra a censura, a violência, a ameaça de morte, a intolerância religiosa, enfim, todas as formas de opressão estão muito além da defesa de qualquer religião.
"Se eu não for por mim, quem será? e se eu for só por mim, quem serei eu? e senão for agora, então quando será?"

Post Scriptum 1. Não há fome, vírgula. Em Botafogo um senhor magrinho e educado tenta engraxar sapatos para alimentar a filha que ficou em casa  e a quem "dera água" naquele dia. Afirmo que isso ele não pode deixar acontecer, e que a leve ao padre ou à escola municipal e ouço que "lá não há nada". Dou a maior das duas notas na carteira e a julgar pela reação isso é raro. Sinto-me logo depois a perfeita cretina por não ter dado as duas, nem pegado os seus dados. Mas irei atrás.
P S 2. "Governador paraíba" é a mãe, e racismo é crime.

Nenhum comentário: