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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

tudo pelo social?



 Regimes autoritários e violentos não merecem aprovação. Na mesma semana em que morreu o jornalista saudita, um venezuelano não resistiu às torturas, e como ele há outros. Não se entende o que o PT foi fazer naquela posse nem se podem perdoar camisetas da "Ursal" como as que vi expostas em Laranjeiras, e que o MST vendeu recentemente na Carioca. Por um lado se diz aos extremista de direita deste país que tal coisa não existe. Por outro se alimenta o mito. E claro, um dos países "socialistas" seria a infeliz Venezuela.
Socialismo é um dos termos mais vilipendiados do Brasil onde nunca existiu um PS nos moldes europeus para demonstrar a diferença. Quase todos os partidos possuem o S de Social (até AQUELE) e o mais parecido com certeza é o PSOL.
Regimes totalitários podem se chamar como quiserem, socialismo não é o que tropas, torturas e policiais armados impõem. Não sujem a memória de Salvador Allende.

Com tudo isso deve o Brasil intervir com sanções à Venezuela? Não e não; primeiro porque fere a tradição de neutralidade itamaratiana, que se relaciona com nações e não com governos. O que está Maduro deve cair por vontade da população. Depois o candidato mais óbvio, que agradece a ajuda obtida do atual governo brasileiro, periga trazer algo não necessariamente melhor, apenas diferente. Tem estreitas ligações familiares com o Exército, negou-se a comentar para os jornalistas brasileiros, e a ajuda que tanto preza é de um ex-capitão que povoou o governo de generais. Temos muitos problemas a resolver, não acrescentemos essa eventual culpa no futuro alheio.

Generais são insubstituíveis em seus lugares, e festejada seja a volta do general Franklimberg, de origem indígena por sinal, à Funai. Além das qualidades demonstradas, interessante no posto alguém que saiba e queira vigiar as fronteira, não pelo temor de invasões bélicas mas pela nefasta ação dos madeireiros.

Mas falando em fronteiras, o estranho filósofo que vive fora delas mas indica ministro xingou muito os parlamentares do partido do presidente que foram à China. Não porque eram muitos, e um ou dois bastavam para aprender sobre reconhecimento facial. Não porque não fosse, talvez, de bom alvitre, ou de bom agouro. Nada disso. O filósofo exaltou-se porque foram visitar um "país socialista". E isso ele proibira.
Obrigada, filósofo. Deu para rir bem num momento tão tenebroso.
 
 
 
Gisela D'Arruda

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