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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

sepultando

Sepultando um ano em que vi muita, muita incompetência, muito, muito sectarismo
 e muita, muita destruição, que ainda por cima nos exibe a melancólica figura do doutor Gilmar,  vem a notícia de um cemitério em Campo Grande com o terreno já escolhido onde poderão se realizar funerais com atabaques, o que desagrada à RioPaz.
E assim ninguém incomoda ninguém, e por que não, se há cemitérios judaicos e houve o Cemitério dos Ingleses (na verdade pode ainda estar ativo; e é uma tradição britânica pelo mundo, sei lá por quê).
Não me ponham lá, quero ser cremada e a Umbanda usa pouco atabaque. Agora que simpatizei com a idéia simpatizei. Vai pra lá só quem prefere; não precisa mas pode.
E leiloarão um cachimbo de barro antigo proveniente da sacolinha portada por um escravo congolês há muito falecido, e assim de certa forma vindicado e abençoante.

Pena que não dá pra sepultar bem fundo quem abateu a sumaúma de cinco mil anos na Amazônia. Fronteira com o Peru, reserva Matsés.
No Acre, os ashaninka têm a fama, que não negavam e desejo ainda mereçam, de flechar sem segundo aviso qualquer pessoa que não depõe armas de fogo e sem aviso algum, os madeireiros.  Mas isso foi um pouco mais ao norte, na terra de seu Amazonino que deveria se chamar Desertino ou Dolarino, em homenagem ao que cultua.
Ah sim, os madeireiros disseram que foi "por engano" e o jornais daqui se calaram. Deu-me a notícia arrasadora, celular em punho aberto na rede social, uma ekédi amiga das folhas, na fila comigo do evento" Libertem Nosso Sagrado".

Meu Deus, que Oxoce ajude os matsés a flechar a quem devem e aos ashaninkas não desmereça jamais.
E que Oyá e Xangõ fulminem. Boas festas a vocês.

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