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terça-feira, 28 de novembro de 2017

o desafio

O Rio não vai pra frente enquanto não solucionar o espinhoso e sobretudo, multifacetado problema da Polícia Militar.
Nem podem seguir morrendo à razão de um a cada dois ou três dias nem devem seguir atirando a esmo e matando gente que até prova em contrário é inocente.
Não é de hoje que autos de resistência são forjados, eu mesma conheci um rapaz que absolutamente não era bandido mas tinha ido comprar maconha na hora errada; correu e... ia sendo enterrado como indigente mas com a carteira do Exército no bolso. Algo está muito errado na formação que recebem.
Parece por outro lado insensato, e insensível, achar que não devam atirar de todo. Claro que vão atirar, não são guardas civis. Os bandidos portam fuzis muito melhores e miram para matar.
"Aquele" político já declarou que "PM tem mesmo é que matar bandido". Nobre deputado, o problema é que não matam só bandido. Há uns seis meses, o principal jornal do Rio não noticiou mas a favela Mandela fechou a avenida por causa da morte de um senhor que lia o seu jornal na porta da sua vendinha. Quando viu chegar a viatura, levantou assustado para entrar em casa e ali mesmo foi fuzilado, o policial considerou atitude suspeita.
Uma das raízes da violência da PM, além da formação deficiente, é o medo que muito logicamente sentem os policiais e exemplificado no caso do vendeiro. Precisaríamos, precisamos, e com urgência, de uma Lava-Jato das armas. Como chegam à mão do tráfico? por quais caminhos?
Ainda este ano prenderam um PM que vendera a sua arma ao tráfico e a declarara perdida. Sim, este é um caminho. Há outros.
Sempre bom lembrar que a democrática Suécia dos direitos humanos das maiores fabricantes de armas. Parece incompatível mas eles não acham...
Quando essa nova operação Lava-Jato desvendar as rotas desses fuzis, amigos "daquele" deputado vão se ver em maus lençóis. E não custa lembrar, sem consumo, morre a boca...
Que os vento de Iansã nos limpem e possam guiar nesse momento.

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