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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

centro e periferia

Na periferia já tão sofrida do Rio, as milícias exigem que o candidatos que se dispuserem a panfletar na área delas paguem. Há um candidato  no qual vou por sinal votar, que anos atrás foi ameaçado de morte por denunciá-las.
Não se trata de "chamar o ladrão". Mas exigir segurança. O "ladrão" também não é flor que se cheire e é exatamente alimentado  pelas cheirações dos que querem dar as suas narigadas, e também chamar a polícia se forem assaltados.
Quando esses dias numa operação policial morreu um traficante procuradíssimo, o comércio foi obrigado a fechar, num bairro do qual se vai a pé para o centro da cidade (eu justamente ia) e no centro do qual se destaca a Delegacia de polícia. Disse um bairro? Três, Catete, Glória e Lapa. Nada periféricos!
Repetindo a dose dia seguinte para o enterro. O recado é claro, mataram aquele mas há outro em seu lugar fazendo a lei.
Por um Rio sem milicia, sem traficantes, sem tanques senão os das áreas de serviço, em que a paz possa imperar.
Assim peço na pedreira!!!
Cauô Cabiecile!


terça-feira, 27 de setembro de 2016

hoje tem alegria!

Doce, Beijada!
Que possam trazer luz e proteção para as crianças da terra, consciência ambiental e ética!
Doce Beijada!
Doce Beijada!
Doce Beijada!
Doce Beijada!
Doce Beijada!
Doce Beijada!
Doce Beijada!

e nos valha dia 30 Xangô em São Jerônimo....Salve a pedreira!

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

nomes imagens e metonímias

Os "17 de Angola" foram libertados pela segunda vez (a primeira foi indulto de Natal que pouco durou) e a Anistia pede assinaturas para que fiquem livres da condicional. E podem até ficar;  porém qualquer espirro mais contestatário levará de volta o seu autor para a masmorra do Primeiro Camarada. A vantagem da petição é que arquivando-se o processo por fim, um espirrador detido não arrastaria os demais 16. Mas amordaçados estão, e essa era a intenção.
Um dos 17 tem por nome Hitler + sobrenome quimbundo e prefere que o chamem de Hitler + outro sobrenome quimbundo, provavelmente mais expressivo mas que sugere que em Angola o ensino de História está abaixo da crítica.
O que não será surpresa alguma, História é a primeira matéria a entrar na mira das ditaduras. A segunda é língua pátria ou línguas minoritárias. No Brasil uma das vítimas foi a crase, que pode ser definida em cinco palavras. Contrataram eminente gramático para teorizar em cinco páginas e o resultado foi que a quase totalidade de quem aprendeu depois do golpe não sabe crasear.
Voltando ao jovem angolano, o caso lembra a velha piada de Benedito Bosta que preferia ser Frederico Bosta, porque achava mais bonitinho; ou o mui verídico processo movido por imigrante libanês a fim de traduzir o seu sobrenome. Era Um Dois Três Buzeitun Arbaa e passou a se assinar com orgulho Um Dois Três de Oliveira Quatro...
Nomes e imagens estão sempre passíveis de desagradar a outrem. Houve quem contestasse a imagem da árvore frondosa da presidente destituída e sugerisse outro corrosivo em vez de fungo. A imagem da árvore foi bem pensada, pena que a moça, como o partido que representa, nunca tenha antes disso se preocupado dois minutos sequer com preservação do meio-ambiente. A votação da semana passada foi no modelo perde-perde: ninguém tinha como sair ganhando.
É como fulminou numa rede social  da vida um gaiato meio a sério:
- Sai todo mundo, volta D. Pedro II!