Que traga bons
ventos o Joaquim Barbosa, de quem , sendo ministro, ainda não se
disse mal- só por isso já é digno de nota. Inevitável reparar na
sua cor, estando onde está: o Brasil precisa com urgência
miscigenar-se mais. Misgigenada é a Umbanda, e para consolar-me que
não houve a segunda edição da Festa Africana no Calouste (foi um
sonho, duas vezes no mesmo ano.... a edição de maio foi
maravilhosa), que o Back to Black está fora d epreço, irei à
comemoração na Assembléia pelos 104 anos oficiais.
Martinho da Vila
declarou algo no sentido que "Machado de Assis era negro e não
causou aos negros o orgulho que Joaquim Barbosa traz;" ora
pitombas, Machado tentava confundir-se na soociedade dominante e não
combatè-la, nem sequer corrigi-la. Machado era mestiço, e em seu
tempo a maioria dos negros infelzmente não o liam, e sequer liam,:
nem davam pela sua existência.
Muita gente esquece
que André Rebouças, dedicado abolicionista por sinal. era tão mestiço quanto Machado, e que chegou
a engenheiro ainda no tempo da escravatura. Recusou mão-de-obra
escrava na obra que o tornou famosso, trazendo enfim mais água para a cidade, terminado alguns anos antes da Lei
Áurea. Por esses anos muitos, como o Mosteiro deSão Bento, já
libertavam todos os cativos, transformando-os em empregados. E quanto
às necessidades específicas de Rebouças, já então abundavam os
pedreiros livres de todas os matizes, muitos deles nascidos em
Portugal ou na Itália. Possivelmente tvários destes trabalharam incrédulos por receberem ordens de um negro...
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