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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

novembros





Que traga bons ventos o Joaquim Barbosa, de quem , sendo ministro, ainda não se disse mal- só por isso já é digno de nota. Inevitável reparar na sua cor, estando onde está: o Brasil precisa com urgência miscigenar-se mais. Misgigenada é a Umbanda, e para consolar-me que não houve a segunda edição da Festa Africana no Calouste (foi um sonho, duas vezes no mesmo ano.... a edição de maio foi maravilhosa), que o Back to Black está fora d epreço, irei à comemoração na Assembléia pelos 104 anos oficiais.

Martinho da Vila declarou algo no sentido que "Machado de Assis era negro e não causou aos negros o orgulho que Joaquim Barbosa traz;" ora pitombas, Machado tentava confundir-se na soociedade dominante e não combatè-la, nem sequer corrigi-la. Machado era mestiço, e em seu tempo a maioria dos negros infelzmente não o liam, e sequer liam,: nem davam pela sua existência.

Muita gente esquece que André Rebouças,  dedicado abolicionista por sinal. era tão mestiço quanto Machado, e que chegou a engenheiro ainda no tempo da escravatura. Recusou mão-de-obra escrava na obra que o tornou famosso, trazendo enfim mais água para a cidade, terminado alguns anos antes da Lei Áurea. Por esses anos muitos, como o Mosteiro deSão Bento, já libertavam todos os cativos, transformando-os em empregados. E quanto às necessidades específicas de Rebouças, já então abundavam os pedreiros livres de todas os matizes, muitos deles nascidos em Portugal ou na Itália. Possivelmente tvários destes trabalharam incrédulos por receberem ordens de um negro...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

encruzilhadas

Hoje é dia 15 de novembro, e enfim, com a ajuda de meu filho, o  blog voltou a funcionar apesar da mexida que o provedor volta e meia faz, baralhando e atrapalhando tudo. Há duas semanas pelo menos não conseguia escrever nele; a energia da Umbanda deve ter ajudado. Pois dia 15 é o aniversário oficial.
Sou da opinião, baseada em fatos, que a Umbanda existia antes do 15 de novembro, e que a mesa branca de São Gonçalo veio trazer apenas ventos cardecistas para a canjira cambinda. Desde então inúmeros matizes coexistem nela, qualificando duas ou três  linhas principais.
Sempre me chamou a atenção que no meu bairro não existem encruzas macho (irmãos de branco da linha mais cardectista, isso pouco tem a ver cm vocês, creio...) Fêmeas há; existindo ruas, a probabilidade é alta que a maioria seja em ângulo reto. Aqui também é assim.
O bairro nasceu em volta do rio Carioca, com sub-bairrinhos aqui e acolá, e não há encruzilhadas em  cruz, apenas em T, ou cruz grega se preferirem, em Tau.: o tipo considerado feminino, pertencente à Pomba-Gira.
Há pouco tempo me caiu a ficha que houve, sim, uma única encruza macho no bairro, exatamente a dois passos de onde moro, e que não existe mais. Por ter existido, ainda há gente que arria oferenda por aqui.  Mas as obras de duas ou três décadas atrás (não morava no bairro) criando uma ilha central para disciplinar o trãnsito, acabaram com os engarrafamentos, tristemente famosos; e tambem com a encruzilhada, que passou a não ser nem macho nem fêmea, não servindo para despacho portanto.
Só existem, liturgicamente, dois tipos, ambos de ângulo reto e este, singelo. Variantes, Exu não aceita...
E quem precisa muito de encruza macho por aqui, tem de ir até outro bairro.
Laroiê Exu nesse dia, que comemora a união das encruzas com a mesa branca; laroiê Exu que dá caminho!