Bem-vindo ao Blog do Caminho das Folhas.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

grafitando a violência

Bem, o prefeito carioca marcou um ponto com a arte mural, chamando os grafiteiros proibidos de desenhar em SP para cá. Que acerte muito esse bom senhor e não se desdiga...
Mas a foto publicada no Globo de domingo assusta-me. Existe uma tendência nesse campo a ilustrar com desenhos violentíssimos e esse nem é o pior. Porém acredito que mão segurando garrafa quebrada e apontada ainda por cima para perna feminina é de muito mau gosto e espero que alguém se manifeste. Alguém não, muitos. Ou vai todo mundo ficar em silêncio?
Não é possível que só a mim incomodaram os seguintes desenhos:
- um ursinho de pelúcia enforcado na saída do túnel da Barata Ribeiro, ficou anos por lá à esquerda do trânsito
- um homem sendo torturado não longe da sede do Glorioso Botafogo (ou Pinel, ou UFRJ da Praia Vermelha, qualquer que seja a sua referência). Esquerda do trânsito.
- uma cabeça cortada e de olhos e boca costurados na parede da agora extinta favela da Rua Alice.
Tenho pena dos primeiros moradores da dita, e conheci alguns, nada felizes com os novos habitantes; foi comunidade pequena com casas bem-feitas... até ser tomada pelo tráfico que ilustrou da forma citada o muro e acabou levando a que pagassem como tantas vezes os justos, junto com os pecadores.
Ao lado dessas belezas o vidro ameaçador (São Cristóvão, diz o jornal) é café pequeno mas se os funks "proibidões" são proibidos por incitarem á violência, para quê permitir estas manifestações que atingem a TODOS inclusive crianças?
Adoro o camaradinha de bigode e a sua namorada, os fradinhos transformados em Playmobil e todo grafite INTELIGENTE.  Usar arte para na via pública exibir cenas de brutalidade me parece e sem trocadilho um tiro no pé.