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sábado, 25 de julho de 2015

à beira da terra molhada

Saluba!
Salve Nanã e Santana.
Salve a terra molhada.
Após 17 dias sem chuva no Rio, antes da chuvinha que caiu no início da semana, eu já reparara: os gramados do Aterro, sempre os primeiros a secar já que quem rega ali é São Pedro e os orixás de chuva, estavam verdinhos.
Como pode ser?
Acredito que deixando a cidade pedir água, a orixá da terra molhada vinha se adiantando à sua festa, molhando a terra por ali, que afinal é beira de mar, e beira d´água é o seu domínio.
E desde ontem à noite chove fino, salve ela...
Outro domínio seu é o fundo do mar. A organização virtual Avaaz, que luta tanto por direitos humanos como pela ecologia, lançou recente manifesto (assinem!!) contra a devastação do fundo do mar atrás de mais poluentes. Já existem áreas demais sofrendo com a nossa ganância. Sem prejuízo de recuperá-las, vamos respeitar o fundo dos oceanos.
Os peixes de lá carregam luz em seu terceiro olho, o da sabedoria. Que Nanã a sábia possa ensinar aos homens.
Saluba, Mãe!

terça-feira, 14 de julho de 2015

deixem os ancestrais em paz

Pode ser que muitos soubessem.. eu desde ontem fiquei ciente: se os Mórmons tanto se interessam pela genealogia (isso sim já sabia, tenho uma prima que pesquisa lá) é não apenas com o intuito de cuidar de seus antepassados mas sim de BATIZAR OS ALHEIOS!
Está certo, acredito nesse batismo forçado e retroativo quase tanto quanto acredito nas 70 virgens eternas aguardando os homens muçulmanos. A questão não é esta e sim a prática invasiva e desrespeitosa.
Diversas religiões oram pela coletividade anônima seja de vivos seja de mortos. A Umbanda é uma delas; isso se considera caridade, e não ofenderá a quem segue outras crenças, beneficiando indiferentemente a todos. E às vezes especificamos, os afogados , os atropelados, as vítimas de tal massacre. Pouco importa se a vítima foi boa pessoa, a prece visa lhe trazer luz aonde a alma esteja, melhorar a sua consciência quando reincarnar, se reincarnar. Algumas igrejas católicas têm preces mencionando os desempregados, os desalojados, e tal: são as que seguem orientação mais franciscana (reconhecível, me dizem, pelo Santo Antônio à esquerda da porta quando se entra); e ao se rezar por essa coletividade anônima de vivos, o padre não especifica "só os católicos" nem "só os caridosos, os batizados" ou o que seja. Preces coletivas e anônimas e respeitosas.
Agora ir futucar o nome de quem se foi para impor-lhe batizado póstumo é vergonhoso. Lembra as mãos que evangélicos mal orientados põem de força nas cabeças de quem veste branco, quando conseguem acuar uma vitima em algum ônibus. Não terá efeito? Parte de suposta boa intenção? Mas é agressivo e desrespeita ao outro.
Nossos antepassados, católicos, judeus, ateus ou  o que possam ter sido, podem ainda estar em posição de beneficiar-se com preces em que se sintam incluídos como eram, não precisam de condições restritivas para que rezem por eles.
Deixem os nossos antepassados em paz!