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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

onde canta o sabiá

Uma coisa agradável e útil teve o segundo turno da eleição: sem ele uma senhora de Botafogo não teria ficado sabendo qual era aquele passarinho que ela sempre ouvia e nunca identificava.
Olha que identificar canto e nunca ter achado quem lhe dissesse o nome do cantador indica muita ignorância entre todos os contatos da senhora, o que deixa a gente pesarosa.
Por um acaso nos cruzamos, ela e a amiga (no referido perfil de ignorância) eu e o canto do sabiá-laranjeira, saiu felicíssima com a informação e ainda levou a descrição física e do canto do sabiá-branco, para reconhecê-lo quando o vir.
Parecido com o laranjeira é fracionalmente menor e tem o peito claro, vagamente esbranquiçado; embora não chegue a ser branco não tem nada do tom vibrante do peito do primo.
E o sabiá-branco canta o Peixe Vivo.Ou por outra, ensinou o compositor mineiro a compor a melodia. O passarinho só canta o equivalente a "Como pode o Peixe Vi?" e o moço fez o resto. Espero que em Minas seja tido como ave emblemática do estado.
Falando de cores esse segundo turno, no Rio, teve roupa tomate pros partidários do PT, azul escura pros do adversário, verde-amarela pros que nesse iam votar não por convicção mas contra a presidente, e preta pros que iam anular, indignados por ter de escolher entre essas duas opções. Pior que esse segundo turno seria não voltar, então votei serena no sol do meio-dia....








sábado, 4 de outubro de 2014

salve (o) São Francisco

Hoje é dia de luto.
A quinta decapitação foi noticiada (por que será que as vítimas repetem o que lhes mandam recitar?), ou a 4a, dependendo da conta de cada um -mas por que não contar a da Argélia que indignou árabes (e) franceses? também é dia de São Francisco, santo venerado por gregos e troianos mas cujo nome não bastou para salvar o seu rio.
Riacho do navio vai cair no Pajeú, o rio Pajeú vai despejar no São Francisco, o rio São Francisco vai bater no meio do  mar...
Sem água na nascente isso vai ficar difícil. Vergonha!
Também ficamos cientes, pela Avaaz, pois o jornal aqui não noticia, da sinistra prática sul-africana que consiste em matar leão pra torrar os ossos, ingerir o pó e aumentar potência sexual. E existe um documentário premiado em que o diretor viu emergir um gatinho de uma obra e nada fez para ajudá-lo a evitar o soterramento que sabia ele ser iminente. Se fez, não registrou. Clio não quer saber de gatinhos, é fato; gatos, cidades e pessoas, criação e construção lhe são sacrificados, mas daí a não intervir...   
São Francisco está triste e como diz o meu primo, o mundo está muito ruim.