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quinta-feira, 29 de abril de 2010

A raiz e a flor...

Costumo repetir que florais atuam em três níveis sucessivos na gente, ao longo dos anos. Quando a gente começa, quer que o Universo deixe de nos machucar, depois vem a consciência de que nós é quem estamos machucando o Universo e por fim vemos que nós somos os primeiros a ativamente nos machucar. Não adianta querer subverter muito a ordem. Se uma pessoa leeeeenta resolver tomar, ou lhe receitarem, florais para acelerar como por exemplo Piperita da linha de Minas, sem ter primeiro analisado o que a faz lenta, que outros problemas manifesta e assim por diante, vai ficar acelerada sem por isso conseguir ser mais rápida. Tipo correndo esbaforida sem sair do lugar, e com o mesmo grau de inoperãncia de antes. Como em todos os raros efeitos colaterais dos florais, cessando a causa: aquela receita específica- cessa a conseqüência. Mude-se a receita.
Ilustrando esses três níveis, tomemos o exemplo de uma pessoa cujo maior problema ao chegar é tristeza e baixa auto-estima. Vamos ver de imediato a tristeza, talvez só precise durante um só frasco, e melhorar a auto-estima, isso é o primeiro nível. Começaremos também direto o nível dois pelas beiradinhas, por exemplo para que aprenda com os erros, cometa-os menos e se reduzam as oportunidades de sentir baixa auto-estima.
Aí a pessoa confessa que é também muito raivosa e por vezes explode - estamos em pleno nível dois caso a raiva não seja justificada. Podemos tratar a raiva para que só se manifeste quando justa (o floral sabe quando é) e de forma menos agressiva, talvez o medo também para ousar dizer o que pensa SEM necessariamente a explosão de quem andou se reprimindo. A pessoa fica mais suave e para algumas é isso. Para outras, cuja raiva reprimida estava afetando o sistema hepático-biliar, não senti-la, por antagonismos decorrentes de um ego forte demais, já atua no nível três.
Outras ainda... ficam um doce, param de explodir mas caem em depressão porque seguem se preocupando, num grau difícil de imaginar para quem não tem o perfil, com as besteiras alheias mais insignificantes, se Fulano vai perder o compromisso com terceiros, se amarrou bem o sapato, se deixou o guarda-chuva aberto na área de serviço para não enferrujar as varetas. Quando isso se percebe é tempo de mudar o floral da raiva, porque não era raiva nesse caso, era obsessão com o insignificante! A raiva era mera conseqüência nesse caso. Nível três de novo. Bem, tem gente que precisa de ambas essências, claro.
Nenhuma fórmula de floral é igual para toda a vida. Vibrando mais perto de um eixo de equilíbrio, pode-se longos meses tomar a mesma fórmula. Até que surge a brecha, você vê onde precisa melhorar e vê as causas dos efeitos. Nada de Rescue como eterna panacéia, meu caro, não vai curar os seus desvios.
Quando tomar a flor, sempre olhe a própria raiz.

domingo, 18 de abril de 2010

o que os olhos não vêem

.. o coração não sente? Ah, mas sente sim! o coração, a pele, os pontos de acupuntura, e de modo geral qualquer área do corpo pode sentir dores ou sensações que exames médicos não confirmam. Nunca tudo ao mesmo tempo, ou o organismo entrava em colapso! Sensações inexplicáveis assim não são raras, e quando incomodam continuamente querem dizer que ainda não se instalou um problema ORGÃNICO no corpo, por ora é só energético. Vai piorar se você não cuidar de você.
Eu insisto no "continuamente" porque uma sensação pontual não representa problema, ainda que "só" energético, no organismo; espelha, em vez disso, algo que acontece na vida da pessoa. Como sentir o chacra do coração rasgar ou doer até mesmo antes de identificar o problema na vida emocional ou social, para dar um exemplo freqüente; como sentir as mãos latejarem até doer quando é necessário fazermos algo por nós, ou como eu mesma senti outro dia apos uma limpeza energética caprichada de fim de Lua, a sensação insistente de ter um cabelo preso no indicador, e não havia nada ali. Mero sinal de que no final de outra Lua haveria ainda necessidade de limpar coisas que nessa não tinha como... A paciência é algo que se aprende.
Como no caso do cabelo imaginário, essas dores e sensações muitas vezes correm ao longo dos meridianos, e isso nos explica como a acupuntura pôde nascer. Se você estiver energeticamente carregado, intoxicado, pode sentir por exemplo uma dor aguda na testa ao fazer certos movimentos, subindo na vertical da sobrancelha; felizmente há um ponto da mesma víscera, mas bem longe da testa, que dizem curar até raiva (não ira, raiva de cão raivoso). Desintoxica a matéria e também a energia. O que quero dizer é que sensações ao longo de um canal de energia indicaram aos antigos chineses ONDE eram esses canais. Claro que médiuns sentem mais do que os outros. E quem disse que os que desenvolveram a acupuntura não eram médiuns?
Claro que eram!

sábado, 10 de abril de 2010

tragédia, (falta de) cuidado e futuro

O que dizer diante da catástrofe? Não me parece seja o caso de sair xingando indiscriminadamente nem a chuva, nem sequer os governantes. A Praça da Bandeira no Rio, segundo li numa enchente de anos atrás tem 4 rios subterrâneos e fica quase ao nível do mar. Difícil é que não encha... Recentemente li que até haveria jeito de minimizar as próximas enchentes ali, mas não suprimir de todo seu efeito. E que isso demandaria um esforço que eu cá, diante do que se fez com a verba estrangeira para a despoluição da Baía de Guanabara, tenho sérias dúvidas venha a se levar a cabo.
(Vem cá, nunca vão processar os responsáveis por aquele sumiço não? Embolsa a grana, deixa o biólogo que mais defendia a Baía ser ameaçado de morte e fica tudo bem?)
Já estou eu aqui falando dos governantes.. mas eu disse “indiscriminadamente”...
Por outro lado as benfeitorias no morro do Bumba sem dúvida alguma foram benfeitorias. Que bom que as fizeram, só as posso aplaudir. Faltou apenas o pormenor básico de primeiro ver se a área comportaria. Estudos encomendados foram ignorados. Posso imaginar um burocrata dizendo pode ficar tranqüilo que desabar não desaba, só se fosse chover muuuito! Pois choveu.
Quanto ao pessoal do Laboriaux que o prefeito quer remover, compreende-se o prefeito, mas ele também precisará compreender que essas pessoas são, ou descendem de, gente que foi reassentada ali por outra Prefeitura 50 anos atrás. Faz-se necessário um tratamento especial em termos de infraestrutura e acompanhamento; o município lhes deve isso.
E nessa hora triste, mais do que nunca lembremos que educação ambiental e cidadania, que plantio e replante e preservação são fundamentais para ajudar, digo ajudar, a evitar tragédias como essas. Um abraço pesaroso aos que perderam gente querida.

domingo, 4 de abril de 2010

quichua

Nessa Páscoa estou minimalista. Mas em breve o portal terá links para artigos; ficará mais fácil ler por exemplo o que foi publicado no jornal virtual Negritude há dez dias, A Ética nos cutos Afro-Brasileiros. Por hoje fiquem com Deus, a chuva que cai e esse poema também minimalista, publicado em Eu Comi a Lua:

POEMA QUÍCHUA

Chácara: garoa, charque.
Garoa: charque, chácara.
Charque: chácara, garoa.

(O bom Aurélio explica o título do poema pra quem conferir essas três palavras...)
BOA PÁSCOA!!!