Bem-vindo ao Blog do Caminho das Folhas.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

macumbeiros?

Caro coronel Amendola, o termo "macumbeiro" só deve ser usado por macumbeiros, exatamente como o uso do termo "viado" deveria se restringir ao bater no ombro de um amigo, viado ou não; porque senão vira ofensa. Vá lá que não imprimiu o termo, e não faltava mais: porém empregou para o repórter, que publicou.
E mesmo com maior continência verbal, que não houve, que coisa ridícula, além de feia e perigosa, a pesquisa da religião na Guarda Civil! o Ministério Público não gostou nada.
Dirão, quiçá, Não sabem o que querem, na época do Censo reclamaram que NÃO se perguntava a religião de todos, apenas de alguns, agora reclamam que se pergunta. Bem, a esses diremos, Se vocês não enxergam a diferença entre todo brasileiro e os membros da Guarda carioca, primeiro pensem e depois falem.

Em Paquetá reclamam que não liberaram a verba para comemorar a data do padroeiro da ilha, São Roque, cuja festa vem agora, dia 16. Li que noutros tempos faziam (quem sabe alguém ainda faça) o banquete dos cachorros em homenagem ao santo, já que São Roque como São Lázaro, sincretizados com Omolu, foram ajudados por cães.
A Prefeitura disse aos ilhéus, segundo a única informação publicada até agora que achei no Globo, que não tinha verba para homenagem consistindo principalmente em apresentações de pagode. Será que liberavam verba para banquetear cachorros ou vestir o santo com roupa nova?
Também não gosto de pagode, a deturpação do samba que começou roubando-lhe um dos nomes; por que não põem choro, penso logo, há bons chorões vivendo em Paquetá. Contudo não vivendo na ilha me parece melhor deixar esta parte da polêmica para os moradores resolverem. Pode ser até que Obaluaiê prefira homenagem mais contida, é de seu feitio. Inaceitável seria é que podassem a homenagem por preconceitos de religião. O sr Prefeito é prefeito do Rio inteiro. Morro, asfalto, ilhas e às vésperas do dia 16, não esqueçamos, também da beira do mar.
Ah To To.

Nenhum comentário: